Publicado em 05/10/2018 17h39

Advogada é acusada de aplicar golpe em cliente após “feirão limpa nome” em Periperi

Sexta, 05 de Outubro de 2018 Redação recôncavo Agora

[Advogada é acusada de aplicar golpe em cliente após “feirão limpa nome” em Periperi]

Uma moradora de Periperi, em Salvador, foi vítima de um golpe aplicado por um advogada baiana que atuou durante um “feirão lima nome”, ocorrido em meado do ano 2015, no bairro em que mora.

De acordo com a ação de cobrança indenizatória por danos morais, a qual o BNews teve acesso, a vítima estava “com o nome negativado pela empresa Leader Card e ficou sabendo pelos vizinhos do bairro que nesse feirão, era feito por advogados que ajudavam as pessoas de bairros comunitários a limparem seus nome sem cobrar nada”.

Ao chegar no feirão, descreve a defesa da vítima, foi solicitada cópia do documento de identidade e do documento de residência, bem como foi exigido que a Autora assinasse alguns documentos para viabilizar a propositura de ação para limpar o nome, inclusive uma procuração nomeando e conferindo poderes à advogada inscrita na OAB-BA para ingressar com a referida ação.

Ainda segundo o documento acessado pela reportagem, a defesa da vítima alega que “durante todo o tempo sempre era dito que aquela ação não teria nenhum custo à autora, nem nenhum valor a ser pago para a advogada distribuir aquela demanda”.

No entanto, algum tempo depois, a mulher foi chamada para comparecer em uma audiência, aonde compareceu juntamente com a advogada, em setembro de 2015. Na oportunidade, foi firmado um acordo, compelindo a Leader Card à retirar o nome da autora do SPC e a pagar uma indenização no valor de R$2.000 no prazo de 30 dias úteis, por depósito judicial. Todavia, após a audiência, a autora nunca mais teve notícias da advogada e nem do seu processo.

Após o ocorrido, espalhou-se uma notícia no bairro em que a vítima mora, de que algumas pessoas que teriam comparecido ao mesmo feirão, tinham recebido dinheiro de indenização dos processos.

Assim, como muito tempo tinha se passado sem que a Autora tivesse qualquer notícia do dinheiro da indenização do seu processo, a mesma se dirigiu ao juizado do imbui para saber mais informações.

Para a surpresa, a servidora do cartório do fórum informou que o alvará judicial referente ao acordo realizado já tinha sido disponibilizado em nome da advogada, desde outubro de 2015. 

“Sem entender o que estava acontecendo, a Autora foi até uma agência do Banco do Brasil e solicitou um extrato do resgate do depósito judicial do levantamento do alvará judicial do seu processo, tendo recebido um documento constando que o valor do alvará proveniente do processo, no importe de R$2.000 foi depositado na conta de um homem”, detalha a atual advogada da vítima.

“Incrédula com a situação, a Autora estranhou tal fato, pois não sabe quem era o homem, nem nunca autorizou que nenhum dinheiro do referido processo fosse transferido para outra pessoa, tendo recebido do Banco a informação de que a advogada do referido processo teria indicado a conta citada para o recebimento dos valores do alvará.

E continua: “Ocorre que, até a presente data, tendo transcorrido um lapso temporal de mais de mais de três anos, nenhum valor do montante acima mencionado foi repassado pela Advogada nem pelo dono da conta no Banco do Brasil à parte autora”.

Diante da situação, a vítima aciona a Justiça e pede que seja “ressarcida por todos os prejuízos, danos materiais e morais que foi submetida”. O valor total da causa soma mais de R$ 17 mil. Além disso, o caso foi registrado na 3ª Delegacia de Polícia, na capital baiana.

Autoria: BC

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