Publicado em 30/09/2018 08h13

Compulsão Alimentar

Domingo, 30 de Setembro de 2018 Redação Recôncavo Agora

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Manter hábitos saudáveis ou ter o controle alimentar pode ser algo simples para quem não tem compulsão pelo alimento. De forma involuntária descontamos os sentimentos negativos ou mal resolvido na comida iniciando uma verdadeira batalha com o alimento, gerando sérias consequências físicas e psicológicas como a obesidade e a depressão. 

Mesmo com o avanço dos meios de pesquisa e a facilidade em encontrar informação a Compulsão Alimentar é um transtorno ainda pouco conhecido atualmente e essa falta de conhecimento faz com que o diagnostico seja tardio, além disso, o paciente sofre por ser julgado precipitadamente por pessoas do seu convivo como um quadro de gula ou de falta de força de vontade, não ajuda em nada no tratamento. 

A causa pelo desenvolvimento desse transtorno é muito individual, o que sabemos é que as respostas estão na história de cada individuo. O diagnóstico é feito após analise de um profissional, é um transtorno tratável e conta com o auxilio de psicólogo/psiquiatra a partir do empenho do paciente e dos seus familiares. Vale reforçar que ter um plano alimentar solucionará temporariamente o problema é necessário ter acompanhamento psicológico para entender a raiz e gatilhos do transtorno.

Recebemos no último programa a presença da Psicóloga Gizelle Contreiras que explicou um pouco mais sobre esse e outros transtornos alimentares, como explica na fala abaixo:

“A nossa atualidade é marcada por uma sociedade de um corpo padrão, um corpo perfeito, um corpo surreal, essa sociedade exclui e contribui para o adoecimento psíquico das pessoas que não conseguem seguir esse padrão”. Essa mesma sociedade cria rótulos, estereótipos... Com isso se inicia um ciclo de sofrimento, desesperança, autocrítica, ódio... Quando a boca cala o corpo fala de inúmeras formas. 

Para psicologia a compulsão alimentar seria o resultado de uma luta subjetiva entre duas funções opostas, nessa relação o sujeito se percebe impossibilitado em fazer uma escolha. E como consequência disso age através do sofrimento da repetição do ato de comer. Toda vez que esse sujeito se sente frustrado, angustiado, ansioso... Recorre a alimentação emocional como uma forma de recompensa, refúgio, preencher o vazio. Existe sim uma relação muito forte entre o alimento e a sua emoção.

Para cada sujeito a compulsão alimentar vai surgir de uma forma única e individual e ocorrerá das mais variadas formas e o sujeito em seu discurso relata de forma subjetiva de como lida com o seu sofrimento e os seus sintomas.

A Psicoterapia psicanalítica é um tratamento de longe prazo, em análise o sujeito entra em contato com suas dificuldades, angústia, desejos... E consegue perceber o fator que desencadeou a compulsão alimentar. Um dos focos na Psicoterapia é elevar a autoestima desse sujeito, trabalhar com esse sujeito se vê, quais percepções ele tem de sim, isso só é possível através das construções pessoais e individuais sobre suas experiências e significados...

Autoria: Manuela Oliveira

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