O gigante de 140 metros pode ser visto da Cidade Baixa, em Salvador. Inativo, aparenta ser apenas uma imensa trave de ferro. Mas deveria ser o coração da Enseada Indústria Naval, em Maragojipe, no Recôncavo. Apesar de estar de pé, o Goliath, mais alto guindaste da América Latina e um dos mais fortes do mundo, mantêm-se parado como o símbolo mais triste e fiel do atual momento de crise da indústria naval baiana.
Sem 6,7 mil funcionários, demitidos após a crise financeira intensificada com a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, o canteiro da Enseada é hoje um imenso vazio de 1,6 milhão de metros quadrados. Encontrar um dos pouco mais de 300 trabalhadores que ainda restam no empreendimento, que tem 82% de suas obras concluídas, é tarefa difícil.
Informações que chegam a redação do Recôncavo Agora é que o Estaleiro está sendo todo desmontado, triste realidade para aquela localidade que sonhava com o progresso. Infelizmente a realidade é outra. Empresas estão retirando equipementos que restaram e transportanto em caminhões.
A Petrobras anunciou proposta para acordo com a empresa de sondas Sete Brasil, que prevê a contratação de apenas 4 das 28 sondas negociadas inicialmente. A estatal quer sair também do controle da empresa, que está em recuperação judicial.
A empresa foi idealizada durante o governo Lula, com o objetivo de trazer para estaleiros brasileiros as encomendas da Petrobras para o pré-sal. A queda do preço do petróleo e a crise da Petrobras, porém, reduziram a necessidade de ampliação da frota.
Por Redação: Queremos saber das pessoas que estavam por trás do estaleiro se de fato esse empreendimento irá embora de São Roque do Paraguaçú?
Autoria: Redação Recôncavo Agora